O real, como o conhecemos, está morto. A vida torna-se um grande simulacro, definida pelas tecnologias da informação. A experiência é re-significada através da imagem. A câmera como extensão do olhar sequestra de maneira implacável sua alma e a aprisiona na nova matrix. Dani já não consegue estabelecer o limite preciso que separa a sua sexualidade do vídeo. Para Dani, o vídeo converteu-se no seu aguilhão dos prazeres (adulterando a máxima de Sade de que “a imaginação é o aguilhão dos prazeres”). Sua busca por saciar seu desejo visceral por sexo e imagem, a leva até o PopPorn, um dos últimos redutos de uma juventude vigorosa e subversiva que faz da pornografia um esporte de combate, uma arte de terrorismo poético e sabotagem, a nova Interzona do prazer e da rebelião. É lá que Alemão e Dread, membros dessa resistência, cruzam o caminho de Dani, que elege o casal como novo alvo do seu desejo insaciável por sexo & vídeo.

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